segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Ortigueira.

O ato de escalar está intimamente ligado ao conhecimento de novos lugares. O escalador é movido por inúmeros sentimentos, entre esses a curiosidade ocupa um lugar especial. Agora estou conhecendo realmente um local que há muito havia visitado. Ortigueira é um local especial. Vias desafiadoras e paredes verticais.
A via Raio Laser tem a primeiro esticão cotado em 8c, o segundo esticao 8?, e o terceiro esticão falta ser aberto. Haja braço...
Xambrê no primeiro esticão da via Raio Laser 8c mista.

Xambrê no primeiro esticão da via Raio Laser 8c.

Xambrê no primeiro esticão da via Raio Laser 8c.

Adilson encadenando o primeiro esticão da via Raio Laser 8c.

terça-feira, 6 de junho de 2017

A única blasfêmia

A literatura de montanha sempre me fascinou. Grandes histórias escritas por escaladores povoam a minha imaginação e lembram que cada geração continua seu próprio caminho, apoiados nos ombros das gerações que os precederam.
Celebrando essas gerações apresento a vocês um texto que é considerado um grande clássico da literatura de montanha.

A única blasfêmia
John Long


Derek Hersey escalando em solo. Morreu em 1993 no Yosemite. CC Andy Stephenson / geograph.org.uk



A mais de 130 quilômetros por hora a polícia pode colocar você na cadeia. Eu dirijo a uns prudentes 128. Tobin Sorenson conduzia a 160. Fez isso até que estourou seu Datsun. Não surpreenderia a ninguém que se matasse tentando em solitário a face norte do Monte Alberta. Tobin nunca teve limites. Sua voraz motivação e sua audácia infinita o fizeram apaixonar-se da escalada em solitário.

Estou me dirigindo ao Parque Nacional de Joshua Tree, onde há algumas semanas um outro colega morreu escalando sem corda. Depois da sua queda, me aproximei da base da via e ao ver manchas de sangue, restos de carne e tufos de pelo, senti calafrios. O solo integral não perdoa. Encaro essas desgraças como faria um marinheiro experiente, e as considero evitáveis. Escalar em solo é normal, creio eu. É preciso somente ser realista, não um palhaço movido pela soberba ou pelo que os outros dirão. Aos 140 por hora chego a Joshua Tree, porém a noite demora a passar.

O sol da manhã aparece na linha reta do horizonte e confere um brilho falso às inumeráveis pedras que salpicam a superfície do deserto. As paredes mais altas sobrepassam os 45 metros de altura. Me reúno com John Bachar, provalvemente o número um da escalada livre. John vive na zona de escalada mais ensolarada que possa encontrar em cada temporada. Está dois meses em Joshua Tree e seus solos integrais deixaram atônitos todo o mundo. No inverno, a época em que a universidade limita minha escalada aos finais de semana, a minha motivação é fabulosa, mas minha forma física nem tanto. Bachar sugere o dia Half Dome, significa dizer 600 metros de escalada, equivalente a altura do Half Dome. Isso significa escalar 20 esticões de corda para concretizar o dia Half Dome. Em um segundo, Bachar está calçado com a sapatilha e com a bolsa de magnésio presa à cintura.

Está pronto? Ele pergunta.

Nesse momento percebo que ele pretende escalar os 600 metros em solo integral. Para manter as aparências digo que estou de acordo, e penso que, se propõe a algo demasiado ameaçador deixarei o jogo e pronto.

Embarcamos em terreno familiar: fissuras verticais, placas de aderência, tetos, chaminés. Estamos alucinados. Estamos escalando em solo integral, sem corda. De vez em quando uma voz me pergunta o quanto confiável pode ser uma borda de 6 milímetros: se você está apressado, ou aperta com a mão convertida em uma garra, ou se apoia nessa saliência com muito cuidado.

Depois de três horas já demos conta de uma dezena de esticões. Nos sentimos invencíveis. Aumentamos a dificuldade até o sexto grau. Os metros são superados mais lentamente, porém as duas e meia da tarde já completamos 20 esticões. Para terminar, Bachar propõe fazer somente um VIIa, algo capaz de amedrontar qualquer um. Sem comentários, VIIa é o meu grau limite no inverno … quando estou inteiro e inspirado. Porém agora estou exausto e zonzo pelos 600 metros que escalamos, e os últimos 4 ou 5 esticões escalei por pura teimosia. Apesar disso vamos correndo até o Interserction Rock, lugar que estão reunidos os escaladores locais. Esse é também o cenário do solo final de Bachar. Não perde tempo e, quando inicia, deixa petrificados um amontoado de escaladores encrenqueiros. Move-se com espantosa precisão, mantendo os dedos apoiados nos regletes dessa parede com 105 graus de inclinação. Eu estudo cuidadosamente seus movimentos e memorizo a sequência. Quando já está a 15 metros ele faz uma pausa, bem abaixo do negativo chave. Abre as pernas e apoia o pé em um grão minúsculo, pinça um canto diminuto e se lança para alcançar um grande buraco. Sai caminhando pelos últimos 30 metros, que são apenas verticais.

Ao ver-me com sapatilhas, magnésio, ao pé da via e conhecendo minha fama, o orgulho força que eu repita a façanha. Todos os olhares se dirigem a mim, como se disessem: o que está esperando? Enquanto entro na fissura, penso que a situação parece um desafio de crianças.

Respiro fundo várias vezes fazendo ruído, como se se tratasse de convencer a mim mesmo. Alguns metros de movimentos fáceis e logo esses pequenos buracos em que coloco os dedos com precisão, antes de atuar com todas as minhas forças. Os primeiros 15 metros passam depressa, de maneira inconsciente. Logo ao abrir a perna esquerda até o minúsculo grão, fico paralizado ao dar-me conta de que, com a pressa, errei toda a sequência de movimentos. Estou com as mãos muito baixas nessa porcaria de reglete e cada vez com menos força. Estou desesperado e me pergunto quando vou cair feito um chumbo, cortando o ar feito uma andorinha, diante dessas cruéis estátuas de sal. A mente está inundada de imagens do abismo.

Olho entre as pernas e sinto um nó no estômago diante da perspectiva de uma queda nos blocos da base. Um sussurro grita que eu faça algo e faça agora. Respiro com fúria e meus braços, esgotados pelos 600 metros, parecem barras de titâneo. Enquanto aperto o reglete, levanto o pé para poder esticar o braço e entalar a mão na fissura cega acima, porém é pouco profunda e somente entra um terço da mão. Estou bloqueado, assustado e toda a minha existência se concentra em um ponto que arde, como se uma lupa concentrasse em mim os raios de sol. Envergonhado, compreendo qual é a única blasfêmia: arriscar minha própria existência. É precisamente o que estou fazendo, e isso me deixa doente. Sei que uns segundos perdidos poderiam ser... De pronto um clarão, o mundo pára, ou é o instinto de sobrevivência funcionando ao máximo? No instante em que um beija flor demora para bater as asas – uma vez – compreendi quão implacável é o desejo de viver. Não quero morrer! Porém os meus lamentos não mudam a situação: braços fundidos, pernas moles, cabeça em chamas. Meu medo devorou a si mesmo, e me deixou vazio e mortificado. Dar-se por vencido, desistir, seria mais fácil. Outro sussuro me diz em tom pausado: “Ao menos, morra tentando”... Coincidindo com essa ideia volto a entalar mão na fissura cega. Se conseguisse passar esse movimento chave, chegaria em uma boa agarra para dencansar antes da parte final. Não me atrevo a olhar para a mão, pois é uma piada como a mantenho entalada. Tenho que aguentar meus 86 kilos em um negativo, e isso parece ridículo, impossível.

Meu corpo está a uma eternidade tremendo nesse lugar, porém o beija flor moveu-se apenas um centímetro. Minha mão entalada afirma: “Não dá”, outra voz completa “não perde nada por tentar”. Retiro pouco a pouco a mão. Meu pé esquerdo segue equilibrado sobre o pequeno apoio e a coisa continua igual...”estou quase lá”. De maneira simultânea, arranco a mão direita da fissura e meu pé direito voa desde a saliência. Todo o meu corpo fica sobre o braço esquerdo debilitado. A adrenalina me empurra a essa agarra salvadora quando aperto o peito contra a parede. Coloco o peso dos 86 kilos sobre os pés que começam a tremer de uma maneira que nenhuma metáfora poderia descrever.
Antes de que decida continuar, o beija flor já está a meio caminho do Rio de Janeiro. Preferiria arrancar as molas do juízo com um alicate. Minha vista se nubla com manchas negras quando saio no cume.

Parecia um pouco nervoso – resmunga Bachar com seu sorriso.


Aquela noite, fui de carro até o povoado e comprei uma bebida, e no domingo, Bachar dedicava-se ao dia El Capitan (900 metros), eu perambulei por obscuros lugares no deserto, buscando tartarugas, fazendo grinaldas de flores selvagens, saborenado a paisagem... Fazendo todas essas coisas que faz uma pessoa quando sabe que sua vida está emprestada.


terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

A Patagônia Desconhecida

As impressionantes paredes do Cerro Colorado. Foto Alessandro Haiduke

Os gauchos e o cerro Colorado - à direita. Foto Alessandro Haiduke

Don Marquez vive na Patagônia desde criança. Na juventude trabalhou nas minas, enchendo seu pulmão de poeira, enquanto os gringos acumulavam riquezas.
Hoje ele vive pastoreando suas ovelhas, montado em seu inseparável cavalo, senhor das estepes.
Para o gaúcho Marquez a Patagônia é o seu lar, distante dos ruídos e transformações do mundo moderno, pois como ele mesmo diz:
Não existe dinheiro no mundo que pague a vida em um lugar tranquilo.
Nessa imensidão mineral não existe rincão que ele não conheça.
Nos últimos anos novos visitantes tornaram-se frequentes. São os escaladores que, a cada ano, multiplicam-se na busca das inquietantes colunas de basalto do Cerro Colorado. O local, que antes era território somente dos majestosos condores, recebe em suas paredes incrivelmente verticais seres humanos que sobem e descem, esses conquistadores do inútil.


O Cerro Colorado está localizado na pequena cidade de Chile Chico, um ponto isolado do resto do Chile. Para chegar a esse lugar deve-se percorrer uma estrada de terra – que triplica o tempo da viagem –, ou utilizar uma barcaça, com duas saídas diárias, que atravessa o belíssimo lago General Carrera – segundo maior lago da América do Sul –, celebrado pelo escalador Lito Tejada Flores:


Cada um tem seu lago favorito na Patagônia. O lago Carrera é o nosso. É a jóia de Aysen, um lago mais azul que o céu, maior que o mapa, mais comprido que a rodovia e muito mais amplo que as lentes de nossas câmeras. Demasiado grande para ser louvado em uma só página ou num parágrafo repleto de adjetivos, porém merece cada um.


A maior cidade na região de Aysen é Coihaique, e o aeroporto mais próximo localiza-se em Balmaceda. É nessa região da Patagônia que se encontra o Cerro Castillo, um dos cumes mais imponenentes da região e local de referência para os escaladores de neve e gelo.
Chile Chico está localizado em uma rota tradicional de viajantes – com bicicletas, motocicletas e veículos – que desejam percorrer o caminho da Carretera Austral. Realmente as paisagens são deslumbrantes, sucedem-se as estepes aos pés das grandes montanhas, belos lagos com variadas nuances de azul, florestas de coníferas, uma paisagem exótica para um brasileiro.
Provavelmente muitos viajantes - mais atenciosos - fixaram seus olhares no Cerro Colorado, pois é uma elevação grandiosa que se destaca na paisagem. O Cerro começou a tornar-se conhecido da comunidade escaladora mundial quando Jim Donini – escalador estadunidense reconhecido principalmente pelas suas aventuras nas montanhas em Chaltén – em 2010 abriu algumas rotas no local e posteriormente divulgou fotos dessas paredes na internet.
Aos poucos as informações da localização começaram a circular com maior precisão e os escaladores, fugindo da instabilidade climática de Chaltén, visitaram o local em número cada vez maior.
Meu colega Otaviano e eu estávamos organizando uma viagem para janeiro de 2016. Entre tantos destinos possíveis, concordamos que seria interessante provar uma patagônia ainda desconhecida: o Cerro Colorado. Como o local ainda está sendo explorado, decidimos levar também material de conquista, com a esperança de abrir algumas vias novas.
Depois do cansaço da viagem - avião, van, taxi, barcaça – chegamos ao nosso destino e conhecemos o famoso anfitrião Don Marquez, que com seus cavalos levou as pesadas mochilas até o acampamento que nos abrigaria por todo o mês de janeiro. Trata-se de um lugar especial, com uma visão privilegiada do lago General Carrera, água fresca e a proximidade com as montanhas. Um dos únicos inconvenientes é que não existem árvores no local, e o sol diário acaba castigando os dias de descanso.
Organizamos o acampamento e subimos para escalar algumas vias curtas e fazer o reconhecimento do lugar. A primeira via que escalamos foi Flight of the Condors -7a, uma via de entalamento de dedos, estética e exigente. Já nessa primeira via percebemos que a graduação estabelecida segue o exigente padrão estadunidense de escalada em fendas, ou seja, em geral as rotas são mais difíceis do que estamos acostumados no Brasil. Escalamos mais algumas vias curtas e nos preparamos para uma escalada mais longa.
Alessandro na via Flight of condors. Foto Otaviano Zibetti
A próxima rota escolhida foi Fingers of Fathe -150 mts/7b, que chega ao cume da montanha. Trata-se de uma via de dificuldade moderada, onde é preciso negociar o acaso com as famosas cascaritas locais – agarras formadas pelo desgaste do basalto – que não dão nenhuma impressão de solidez, mas que inexplicavelmente não se rompem. Chegando ao cume, apreciamos a elegância dos condores em planar; descemos caminhando pelo outro lado da montanha.
Chegamos à conclusão que era hora de tentar abrir uma rota. Escolhemos uma linha próxima da parte mais imponente denominada Proa, onde não existiam vias segundo o croqui. Escalamos dois esticões e depois segui por uma linha sedutora de rocha avermelhada, mas ao longo da escalada encontrei marcas de magnésio. Como esperávamos abrir uma rota independente até o cume, desci e segui pela esquerda; outra desilusão: em um ponto da parede encontrei mais marcas de magnésio. Desiludidos, chegamos a um cordelete para rapelar, os dois esticões receberam o nome de Alegria de pobre dura pouco – 6°.
No dia seguinte a ideia de abrir uma rota até o cume não saiu da minha cabeça e decidimos então concentrar as atenções na parede denominada Escudo. Para acessar a base da parede é necessário escalar o chamado Zócalo. Chegamos à base da parede e, para garantir que não encontraríamos nenhuma via, decidimos escolher o centro da parede. Os dois primeiros esticões foram negociados entre fendas e as temidas cascaritas. À medida que subíamos o vento aumentava e em um momento estávamos ao sabor do violento vento patagônico. A escalada exigente tornava-se quase impossível, visto que o crux era conseguir se agarrar a rocha quando a rajada de vento varria a parede. O último esticão foi aberto devido a uma enorme quantia de orgulho e teimosia, pois a velocidade do vento só aumentava e assim terminamos a via E o vento levou -150 mts 7a/b.
Depois de um espaço para o descanso planejamos escalar a via The Magic Spatula – 150 mts/7c, pois tínhamos visto algumas fotos na internet que impressionavam. O primeiro e o segundo esticão da via mostraram-se bons, mas a melhor parte foi o terceiro esticão com 60 metros, uma fenda estreita onde os entalamentos de dedos e os microfriends são essenciais. Em seguida, escalamos o último esticão e rapelamos pela própria via.
Otaviano na via Magic Spatula.Foto Alessandro Haiduke

Otaviano na via Magic Spatula.Foto Alessandro Haiduke

O tempo passou e aos pouco a memória foi esquecendo o sofrimento com o vento e as pedras soltas na abertura da via E o vento levou. Vasculhamos as paredes e encontramos uma linha impressionante à esquerda da Proa. A primeira enfiada resultou difícil, tanto na técnica quanto na exposição. Otaviano progredia lentamente, negociando a segurança com um sequênica de microsttopers. Chegava a minha vez de guiar, e o panorama não se apresentava nada amigável: uma fenda estreita, as vezes inexistente, e que cruzava dois tetos em sequência. Tentei fazer todos os movimentos em livre, mas falhei em alguns trechos que são transpostos em french free. Chegando ao final do esticão, fui em direção a uma reunião fixa de outra rota. No meio do caminho me arrependi imensamente pois, ao dominar a coluna de basalto, percebi que ela está solta e balança ameaçadoramente de um lado para o outro. Desisti de usar essa reunião e continuei a escalar pela esquerda. Fiz uma reunião em móvel e, como não encontramos as chapeletas na mochila, decidimos continuar no outro dia.
No outro dia cedo decidimos tentar liberar o segundo esticão. Com a corda de cima consegui liberar todos os movimentos, e imagino deslumbrado um futuro onde algum escalador encadenará esses movimentos: um desafio e tanto.
A abertura do terceiro esticão foi problemática; fui para a esquerda e para a direita e não encontrei nenhuma solução, as fendas desapareciam. Sem opção, decidi seguir por um offwidth alguns metros à esquerda, que não parecia nada amistoso. Infelizmente, minha impressão estava correta, e fui obrigado a levantar a peça 4 por vários metros. Progredi e, com alguma dificuldade, cheguei ao final da rota, batizada de Faroeste Caboclo - 150mts. Sem dúvida, essa linha foi a mais bela de todas as nossas aberturas, e possivelmente é a rota mais difícil do lugar: o esticão chave possui a dificuldade de 8b/c, altamente técnico. Existe também uma variante menos exposta para o primeiro esticão chamada Vida de gado -7b.
Alessandro na primeira enfiada da via Faroeste caboclo. Foto Otaviano Zibetti

Alessandro na primeira enfiada da via Faroeste caboclo. Foto Otaviano Zibetti
Alessandro abrindo a segunda enfiada da via Faroeste caboclo. Foto Otaviano Zibetti
 
Otaviano abrindo a primeira enfiada da via Faroeste caboclo. Foto Alessandro Haiduke


Chegou o final do mês de janeiro, a comida e a viagem estavam terminando. Ainda tivemos tempo para repetir algumas vias e abrir mais duas rotas de monolargo: Mais sorte que juízo 7a e As quatro estações .
O setor ainda conta com várias possibilidades de abertura – nem sempre tão óbvias - e com certeza vale uma viagem, tanto pela qualidade da escalada, como pela beleza do lugar. Aqui fica um convite para os escaladores brasileiros descobrirem uma patagônia além do Fitz Roy e do Cerro Torre, uma patagônia desconhecida:


...Aysen, está separada da décima segunda região de Magallanes, a última do continente, não por fiordes, senão por um imenso campo de gelo. Isolada, separada do resto do Chile, livres de demasiada gente e demasiado progresso. Palena e Aysen se mantém incrivelmente frescas, naturais e belas. Em uma palavra: “desconhecidas”. Desconhecidas e por isso, inexploradas. A Patagônia desconhecida, o segredo melhor guardado do Sul. Lito Tejada Flores – A Patagônia desconhecida.


Para mais informações sobre as escaladas e o acesso:

www.pataclimb.com





sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Croqui do setor Rupestre - Piraí do Sul - PR

Localização das áreas de escalada do setor Rupestre




Informações gerais
Lembre-se sempre de algumas regras básicas quando visitamos um local de escalada:
-A escalada em rocha é um esporte perigoso: aceite os riscos e assuma a responsabilidade - eleja os objetivos de acordo com suas habilidades.
-Respeite a rocha, a ética local e as outras pessoas.
-Consulte os escaladores locais antes de abrir uma via.
-Traga de volta todo o lixo que produzir.
-Não abra novas trilhas, utilize as já existentes.
-Apoie as comunidades locais, sempre que possível adquira produtos da região.
-Respeite e proteja o caráter selvagem das montanhas e paredes.

A cidade de Piraí do Sul está situada no primeiro planalto paranaense e se localiza a 80 km de Ponta Grossa. O nome piraí é originário da língua tupi e significa peixe pequeno. A escarpa devoniana, com formações de arenito, é uma barreira natural que marca a fronteira entre os dois grandes planaltos paranaenses: o primeiro planalto e o segundo planalto. Nas paredes formadas pela escarpa estão localizadas algumas das mais admiráveis vias de escalada esportiva tradicional do Paraná.
O Rupestre é o principal setor do local que está cercado por outras paredes. Existem na proximidade outros setores com vias de escalada, como é o caso do setor Pote de ouro, com uma via aberta, o setor Unha de gato, com 13 vias abertas, e o setor Tião, com 2 vias.

Ética local
No setor Rupestre o tipo de escalada que se estabeleceu é a escalada esportiva tradicional, onde grande parte das vias possui somente pontos fixos na reunião. Nas vias que possuem alguma proteção fixa, o número de chapeletas é mínimo e elas estão instaladas em locais estritamente necessários para conectar os sistemas de fendas. As aberturas foram executadas predominantemente de baixo para cima.

Acampamento
O local de acampamento fica ao lado de onde são deixados os veículos, e distante em média de 40 minutos da base das vias. É bom trazer água para o consumo, pois existe um rio no local, mas devido aos animais – vacas, porcos – a qualidade da água é duvidosa.
Como se trata de uma propriedade particular, é importante avisar o proprietário – Vitorio Solek – sobre o acesso na propriedade para escalar. Zelar pela boa convivência com os habitantes locais é essencial, pois além de preservar o acesso aos locais de escalada também reflete uma atitude de respeito – a localização da casa do Sr. Vitorio está indicada no mapa de acesso.
Quando chove, chegar ou sair do setor sem um carro 4x4 fica complicado.
Acesso - parte1

Acesso - parte 2

Acesso - parte 3



Material*
Um bom rack de peças móveis é essencial para poder aproveitar todo o potencial do lugar:
- 2 jogos de camalot – #0.3 ao #4.
- 1 jogo de sttopers
- fitas longas.
*Podem ser necessárias algumas peças extras para algumas vias. As peças são mencionadas na descrição da via.
Setor Rupestre - parte esquerda. Somente as principais rotas estão indicadas.

Legenda



Área Cabeça de vaca
Área Feitiço de Áquila

Área Caco da viola

Área Sagarana


Área Moby Dick

Área Pinhão na Brasa