| Ricardo com o Fitz Roy ao fundo | 
Algumas pessoas passam
pela vida e acabam marcando nossa existência. Ricardo era uma dessas
pessoas. Ele vivia um dia depois do outro, era isso o que importava,
não o que poderia ocorrer em meses, anos. Como um verdadeiro errante
das montanhas, peregrinava em busca de aventuras. 
Era uma pessoa
humilde e de bom coração. Tinha uma motivação fora do comum para
realizar seus projetos. Com essa filosofia conseguiu escalar as
grandes montanhas andinas: Cerro Fitz Roy, Agulha Poincenot, Cerro
Torre, Alpamayo, entre outras. 
Nesse mês de agosto,
quando eu planejava uma futura viagem para a Patagônia para escalar
as belas montanhas e reencontrar velhos amigos, recebi um recado
avisando que o Ricardo havia sido encontrado morto no Cânion do
Malacara. Ainda não consegui internalizar essa notícia, é estranho
pensar que nunca mais o encontrarei no camping Del Lago, com uma
garrafa de cerveja na mão, a ponto de ser expulso pelas bagunças
que aprontava. É estranho pensar que não poderei mais dividir com
ele as cordadas, risadas, roubadas, cervejas. 
Infelizmente assim é a
vida, incerta como um dia de bom tempo patagônico.
Resta a mensagem
vivida na prática por Ricardo e tantas vezes esquecida por nós:
 Aproveite a vida.
Adeus, amigo.
Alessandro Haiduke
| Aproximação da Agulha Mermoz | 
| Compartilhando cervejas em Chaltén | 
| Ricardo escalando a via Atgentina - Mermoz | 
| Eu e o Ricardo no cume da Mermoz | 
| Ricardo proveitando a paisagem patagônica | 
É... Alessandro a vida é assim, só estamos aqui de passagem, algumas pessoas cruzam nossos caminhos por um breve período e apenas nos resta, como você disse, absorver a mensagem que nos passam, e a vida nas montanhas Às vezes nos pregam dessas "peças", feliz é o homem que tem coragem de seguir seus pensamentos ao invés de ficar vivendo a vida que outros querem que a vivamos...
ResponderExcluirAbrass